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Joaquim Tenreiro

arquiteto e designer

Português, desembarca no Brasil em 1928, aos 22 anos de idade. Era marceneiro como o pai e estudou desenho geométrico no Liceu Literário Português, tendo feito alguns cursos no Liceu de Artes e Ofícios.
Em 1931 integra o Grupo Bernadelli (grupo criado em oposição ao ensino da Escola Nacional de Belas Artes).
Entre 1933 e 1943 trabalha como designer de móveis na empresa Laubissh & Hirth.
Torna-se conhecido no ano de 1942 ao receber uma encomenda de móveis para a residência de Francisco Inácio Peixoto (poeta modernista, escritor, fazendeiro e industrial, financiou as mais importantes manifestações culturais de Cataguases-MG, lançando sua cidade natal na cena da Arquitetura Moderna no Brasil na década de 1940), projetada por Oscar Niemeyer e paisagismo de Burle Marx.
Utilizava diversos materiais como a trama em palhinha, que remete a cestaria e ao trançado indígena, fibras naturais entre outros. Via a necessidade de adequar os móveis ao nosso clima tropical.
Sua primeira produção independente foi a Poltrona Leve (1942),
confeccionada em madeira marfim, com versão escura em imbuia, e estofada com tecido estampado por Fayga Ostrower. Segundo Tenreiro essa poltrona foi criada obedecendo a ¨um princípio que eu achava que deveria ser seguido pelos móveis modernos brasileiros: a leveza. Leveza que não tem a ver com o peso em si, mas com a funcionalidade no espaço.¨ - Tenreiro, Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, Icatu.
Em 1943 funda a empresa Langenbach & Tenreiro. Durante a década de 1940, dedica-se também a pintura de retrato,
paisagem e natureza morta.
Na década de 50 houve uma ampliação muito significativa nas atividades de Joaquim Tenreiro com a inauguração de sua loja em São Paulo, propiciando um aumento expressivo na produção e no design de novos móveis, trazendo para a cidade suas criações perfeitas com o mesmo apuro formal, o sentido de economicidade e sobretudo a sobriedade que
caracterizavam a sua produção nos períodos anteriores.

Já no final da década de 1960, por questões pessoais e de mercado, encerra suas atividades na área de concepção e fabricação de móveis, passando a dedicar-se por mais de vinte anos às artes plásticas, principalmente a escultura, tendo executado um painel para a Sinagoga Templo Sidon em 1969 e em 1974, dois painéis para o auditório do Senai, ambos na Tijuca, Rio de Janeiro.
Dono de uma genialidade incontestável, talento, familiaridade com a madeira e acabamento apurado, Joaquim Tenreiro criou obras fantásticas a fim de abrilhantar o interior das casas brasileiras. Foi um precursor na busca de um novo estilo para o móvel e é considerado o grande mestre por outros designers que o precederam.

 "Em 1992, me despedi com tristeza daquele que considero o Pai do Móvel Moderno, com cara de Brasil."  Sérgio Rodrigues

Algumas publicações

Obras de Joaquim Tenreiro que estão ou que passaram pelo nosso acervo

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