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  • MASP inaugura novo edifício e apresenta exposições inéditas

    O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) se prepara para um momento marcante em sua história: a inauguração do Edifício Pietro Maria Bardi , prevista para 28 de março de 2025. O novo prédio, situado ao lado da icônica estrutura projetada por Lina Bo Bardi na Avenida Paulista , ampliará a área do museu em mais de 60%. Com 14 andares, a construção assinada pelo escritório METRO Arquitetos Associados integra-se ao edifício original, combinando modernidade e funcionalidade. O espaço contará com galerias expositivas, salas multiuso, restaurante, café, bilheteria, loja, laboratório de conservação e um novo espaço de acolhimento para os visitantes. Outro destaque é a passagem subterrânea de 40 metros quadrados, prevista para o segundo semestre de 2025, que ligará os dois edifícios, facilitando a circulação do público e das obras de arte. Fachada do prédio Pietro Maria Bardi. O novo edifício será interligado com os outros blocos (Foto: METRO Arquitetos Associados / Divulgação ) Trata-se do feito mais significativo na história do museu após a sua transferência da rua 7 de Abril, na sede dos Diários Associados, para a Avenida Paulista, em 1968. Naquela época, a mudança ocorreu para que o museu tivesse uma sede à altura de sua coleção. O prédio projetado por Lina Bo Bardi (1914-1992), arquiteta modernista reconhecida com o Leão de Ouro Especial na Bienal de Veneza de 2021, pelo conjunto de sua obra, transformou-se em cartão-postal da cidade e em símbolo da arquitetura moderna mundial do século 20. “O MASP em Expansão significa a maior operação de filantropia brasileira com apoio de famílias, sem incentivos fiscais ou quaisquer estímulos governamentais. Este movimento transformará o MASP no maestro das instituições culturais da Avenida Paulista, consolidando este importante corredor cultural brasileiro”, salienta Ronaldo Cezar Coelho, presidente do comitê MASP em expansão. (fonte: site do Masp) Exposições inéditas celebram a nova fase Para marcar a inauguração, o MASP lança o ciclo "Cinco Ensaios sobre o MASP" , um conjunto de exposições que exploram diferentes perspectivas sobre o acervo e a trajetória do museu. As mostras serão distribuídas pelos andares do novo prédio e propõem diálogos entre o passado e o presente. Isaac Julien: Lina Bo Bardi – um maravilhoso emaranhado (2º andar) A videoinstalação do artista britânico Isaac Julien homenageia Lina Bo Bardi, trazendo sua visão sobre arte, arquitetura e o impacto social da cultura. A obra conta com a participação das atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, que interpretam trechos dos escritos da arquiteta. Artes da África (3º andar) Mais de 40 peças da arte africana, incluindo estatuetas, máscaras, tambores e objetos do cotidiano, serão exibidas, destacando a riqueza cultural de regiões da África Ocidental, com foco em obras do século XX. Geometrias (4º andar) A exposição reúne mais de 50 obras que exploram a linguagem geométrica, abrangendo desde os movimentos construtivistas, como Lygia Clark, Alfredo Volpi e Judith Lauand, até interpretações contemporâneas em diferentes materiais e técnicas. Renoir (5º andar) O MASP apresenta todas as obras de Pierre-Auguste Renoir do seu acervo, incluindo 12 pinturas e uma escultura, proporcionando um panorama da trajetória do renomado pintor impressionista. Histórias do MASP (6º andar) A mostra revisita os mais de 70 anos de história do museu, destacando momentos fundamentais e sua contribuição para o modelo de museu moderno e acessível. Novo Vão Livre e a obra interativa de Iván Argote A requalificação do Vão Livre do MASP inclui melhorias no mobiliário urbano, segurança, iluminação e a instalação de Wi-Fi gratuito. A partir de 10 de abril, o espaço receberá a instalação interativa "O Outro, Eu e os Outros", do artista colombiano Iván Argote. A obra traz gangorras gigantes que reagem aos movimentos dos visitantes, explorando a interação coletiva e o equilíbrio. O projeto do escritório METRO Arquitetos Associados com coautoria de Júlio Neves terá uma fachada dupla, a fim de proteger o edifício da radiação solar e sombrear as janelas (Foto: METRO Arquitetos Associados / Divulgação) Uma nova identidade visual para um novo momento Além das exposições e do novo edifício, o MASP apresenta uma nova identidade visual, reforçando seu compromisso com a inovação sem perder sua essência histórica. Outra novidade é a expansão do MASP Escola, que agora terá salas de aula próprias, ampliando seu impacto educacional. Como visitar o novo MASP Inauguração do Edifício Pietro Maria Bardi: 28 de março de 2025, das 10h às 20h30 Endereço: MASP – Av. Paulista, 1510 – Bela Vista, São Paulo, SP Horários de funcionamento: Terça-feira: entrada gratuita, das 10h às 20h (última entrada às 19h) Quarta e quinta-feira: das 10h às 18h (última entrada às 17h) Sexta-feira: das 10h às 21h, com entrada gratuita das 18h às 20h30 Sábado e domingo: das 10h às 18h (última entrada às 17h) Fechado às segundas-feiras Ingressos: R$ 75 (inteira) / R$ 37 (meia-entrada) Agendamento obrigatório pelo site: masp.org.br/ingressos Metro Arquitetos. Foto: Leonardo Finotti Se você é apaixonado por cultura, essa é uma oportunidade imperdível para conhecer o novo MASP e vivenciar essa transformação de perto!

  • Investir em mobiliário de design brasileiro

    O mobiliário moderno brasileiro dos anos 50, 60 e 70 é conhecido pela sua originalidade e elegância. Com a utilização de madeiras brasileiras, os designers criaram peças únicas que se tornaram ícones do design mundial. Nomes como Jorge Zalszupin, Geraldo de Barros, Jean Gillon, Giuseppe Scapinelli, Martin Eisler, Percival Lafer, Sergio Rodrigues, Zanine Caldas, Joaquim Tenreiro e Lina Bo Bardi são alguns dos exemplos mais conhecidos do mobiliário moderno brasileiro. Cada designer trouxe uma perspectiva única para o mobiliário moderno brasileiro: Jorge Zalszupin, por exemplo, é conhecido por seu uso do "taqueado de jacarandá" e formas geométricas, como pode ser visto nas estantes "componíveis" e na mesa "pétala". Já Geraldo de Barros, que também foi um fotógrafo e artista, utilizou técnicas combinando metal, madeira e fórmica, como se vê em suas poltronas, estantes, aparadores e escrivaninhas. Jean Gillon, por sua vez, é reconhecido por sua habilidade em combinar a cultura tradicional puramente brasileira com a madeira nobre em peças belíssimas que foram batizadas com nomes de regiões e da cultura brasileira, como as poltronas "jangada", "saci", "amazonas", dentre outras. Giuseppe Scapinelli, um imigrante italiano que veio para o Brasil na década de 40, criou peças de design único com a utilização de madeiras nobres como o jacarandá e a caviúna, produzindo muito sob encomenda e algumas poucas peças em série. Martin Eisler, um imigrante austríaco, criou peças com influência escandinava, como a icônica poltrona "Costela". Percival Lafer, por sua vez, é reconhecido por suas peças de design confortável, feitas industrialmente desde o princípio, e bastante exportadas, como sua poltrona "MP-91" Sergio Rodrigues, um dos designers mais conhecidos do mobiliário moderno brasileiro, é famoso por sua utilização de madeiras brasileiras em suas peças. Sua poltrona "Mole" é uma das mais icônicas do mobiliário brasileiro, enquanto sua poltrona "Diz" e seu banco "Mocho" são outras peças que se tornaram símbolos do design brasileiro. Zanine Caldas, também um arquiteto, é reconhecido por suas peças de design rústico e orgânico, com aproveitamento de madeira e também no recorte orgânico do compensado naval. Joaquim Tenreiro, um dos pioneiros do mobiliário moderno brasileiro, é conhecido por suas peças elegantes e minimalistas, como sua icônica cadeira "Curva". Lina Bo Bardi, que além de designer foi também arquiteta, criou peças que misturam elementos modernos e tradicionais, como sua cadeira "Girafa". As peças originais assinadas por esses designers são altamente valorizadas no mercado, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Alguns leilões internacionais especializados em design chegam a atingir valores altíssimos, como foi o caso do leilão de uma coleção de peças de Sergio Rodrigues que arrecadou mais de 5 milhões de reais em 2020. Uma das características mais marcantes do mobiliário moderno brasileiro é o uso de madeiras brasileiras nobres e raras. Os designers valorizavam a beleza natural da madeira e trabalhavam com diferentes tipos, como jacarandá, caviúna, jatobá, peroba, pau-ferro, imbuia e muitos outros. Eles também exploravam novas técnicas de produção, criando peças originais e inovadoras, usando materiais inovadores para a época como o compensado e o aglomerado. Algumas das peças mais famosas do mobiliário moderno brasileiro incluem a poltrona Mole, criada por Sergio Rodrigues em 1957, a poltrona Dinamarquesa, de Jorge Zalszupin, e a cadeira Paulistano, de Paulo Mendes da Rocha. Essas peças se tornaram símbolos do design brasileiro e são altamente valorizadas por colecionadores e entusiastas do design. Apesar do alto valor dessas peças, investir em mobiliário moderno brasileiro original pode ser um bom negócio. Essas peças são raras e únicas, o que aumenta seu valor com o passar do tempo. Além disso, muitos desses designers são reconhecidos internacionalmente, o que aumenta a procura por suas peças. No entanto, é importante ter em mente que a autenticidade das peças é essencial para seu valor de mercado. Muitas vezes, réplicas e imitações são vendidas como originais, o que pode ser prejudicial para quem está investindo em uma coleção de mobiliário moderno brasileiro. Ao investir em peças originais, é possível ter em casa um pedaço da história do design brasileiro e valorizar a cultura e a criatividade do país. Além disso, o mobiliário moderno brasileiro é uma forma de ter um ambiente com personalidade e estilo, tornando a decoração de casa ainda mais interessante. Em resumo, o mobiliário moderno brasileiro é um patrimônio nacional do design, que representa a criatividade, a diversidade e a beleza natural do país. Com designers renomados e peças icônicas, é um investimento valioso para colecionadores e entusiastas do design, além de trazer personalidade e estilo para a decoração de casa.

  • Mobiliário Moderno Brasileiro na SP-ARTE 2025 (DS-51)

    A Galeria Lora Ronco  tem o privilégio de apresentar, na SP-Arte 2025 , um panorama singular do mobiliário moderno brasileiro. Em nosso estande DS-51 , trazemos uma seleção de peças icônicas, assinadas por grandes mestres do design, que traduzem a rica herança criativa do Brasil nas décadas de 1950, 1960 e 1970. Para nós, o mobiliário vai além da função; é uma expressão profunda de arte e cultura. Cada peça de nossa curadoria é cuidadosamente escolhida para representar o que há de melhor no design brasileiro, com um olhar atento para a autenticidade, a inovação e a história de seus criadores. Cada móvel é uma narrativa visual, uma fusão de forma, estilo e funcionalidade. Sérgio Rodrigues : Considerado um ícone do design moderno, suas peças de madeira maciça e formas orgânicas são atemporais e carregam em si a essência do Brasil. Geraldo de Barros : Artista multifacetado, suas criações são mais que móveis, são verdadeiras obras de arte que mesclam fotografia, pintura e design. Percival Lafer : Famoso por suas poltronas e sofás de couro, Lafer revolucionou o design com peças que unem estética e conforto em uma visão industrial contemporânea. Jorge Zalszupin : renomado arquiteto e designer brasileiro, cujas peças, hoje raras, continuam a encantar e a inspirar todo o design de interiores. Nossa exposição também contará com obras de outros importantes designers que marcaram a história do mobiliário moderno brasileiro, como: Ernesto Hauner , Jorge Jabour Mauad , para Móveis Cantu e Celina Decorações. Para completar, nossa curadoria incluirá tapeçarias excepcionais de Kennedy Bahia , feitas na década de 70, que capturam a essência da arte têxtil brasileira, com cores vibrantes e texturas ricas, oferecendo uma imersão na estética única daquela época. A SP-Arte 2025  será uma excelente oportunidade para admirar a beleza e a singularidade do mobiliário moderno brasileiro. Estamos ansiosos para recebê-lo em nosso estande DS-51  e compartilhar essa experiência única com você! Realização: Lora Ronco; Curadoria: Alexandre Marciano; Ambientação e design: Sépia Arquitetura - Camila Lara e Letícia Fontanelli Data: 02 a 06 de abril de 2025 Localização: Pavilhão da Bienal, Parque Ibirapuera, portão 3 Horários: 02 de abril: Convidados 03 e 04 de abril: 12h às 20h 05 de abril: 11h às 20h 06 de abril: 11h às 19h   Ingressos: https://bilheteria.sp-arte.com/ Breve contexto histórico O mobiliário moderno brasileiro, que floresceu nas décadas de 1950 a 1970, reflete a intensa relação entre design, arquitetura e arte moderna. Durante esse período, o Brasil se tornou um centro de inovação, com arquitetos como Oscar Niemeyer , Lina Bo Bardi , Rino Levi  e Lúcio Costa  projetando edifícios icônicos que refletiam os princípios da modernidade. A busca pela integração do interior e do exterior levou à criação de móveis que se fundiam perfeitamente aos ambientes arquitetônicos, muitas vezes projetados em colaboração com os próprios arquitetos. A cidade de Brasília, com suas linhas arrojadas e formas inovadoras, foi uma grande inspiração para a produção de móveis que buscavam não apenas funcionalidade, mas também uma linguagem estética única. O design de móveis dessa época também foi influenciado pelos movimentos artísticos, como o Concretismo  e o Neoconcretismo , que prezavam pela simplicidade e pela geometria. As peças criadas eram, em sua essência, pequenas obras de arte, com formas limpas e cores ousadas.   A Influência Duradoura do Mobiliário Moderno Brasileiro A qualidade dos materiais utilizados — como madeira maciça, couro genuíno e aço inoxidável — conferiu aos móveis uma durabilidade rara. Além disso, a funcionalidade e a simplicidade das peças, muitas vezes com encaixes e acabamentos precisos, fazem com que elas se mantenham atemporais. Essas peças não são apenas móveis, mas símbolos de uma época em que design, arte e arquitetura convergiram de maneira única. Elas permanecem até hoje como ícones do design mundial, e sua longevidade é uma prova de sua qualidade e relevância. Na Galeria Lora Ronco , acreditamos que essas peças não só representam uma época, mas continuam a inspirar designers e apreciadores de arte ao redor do mundo. Venha conhecer essa herança e celebrar conosco na SP-Arte 2025 !. A longevidade do mobiliário moderno é uma das características que os tornam tão apreciados - o presente de uma época em que "tudo era feito para durar !" Materiais de Qualidade: Os designers de móveis modernos selecionavam materiais de alta qualidade, como madeira maciça, aço inoxidável, couro genuíno e tecidos resistentes. Esses materiais são escolhidos não apenas por sua aparência, mas também por sua resistência ao desgaste e a deterioração ao longo do tempo. Design Funcional e Simplicidade: O design moderno prioriza a funcionalidade e a simplicidade. As peças são projetadas para serem práticas e atender às necessidades do usuário. A ausência de ornamentos excessivos e detalhes desnecessários contribui para a durabilidade. Menos partes móveis significam menos desgaste ao longo dos anos. Técnicas de Fabricação Avançadas: Os fabricantes de móveis modernos utilizavam técnicas que possibilitavam encaixes precisos, colagem de alta qualidade e acabamentos resistentes. Essas técnicas garantem que as peças sejam montadas de forma sólida e resistente, evitando folgas ou desgaste prematuro. Design Intemporal: Peças icônicas criadas por designers renomados continuam a ser relevantes e desejadas décadas após sua criação. A atemporalidade significa que esses móveis não se tornam obsoletos rapidamente, o que contribui para sua durabilidade. Manutenção Adequada: A manutenção regular é essencial para a durabilidade dos móveis modernos. Isso inclui limpeza adequada, lustração e cuidados específicos para cada tipo de material. Evitar exposição excessiva à luz solar direta ou umidade prolongada ajuda a preservar a integridade das peças. Herança Cultural e Valor Artístico: Muitos móveis modernos têm uma conexão com a história e a cultura de uma época específica. Eles são apreciados como arte funcional. O valor artístico e a autenticidade dessas peças incentivam os proprietários a cuidar delas e mantê-las em boas condições. Portanto, ao visitar a Galeria Lora Ronco na SP-ARTE 2025 , você terá a oportunidade de apreciar não apenas o mobiliário, mas também a rica interação entre arte, design e arquitetura que moldou o cenário brasileiro naquela época fascinante. Junte-se a nós na SP-ARTE 2025 !

  • SP Arte 2022

    SP–Arte 2022, 18ª edição de 06 a 10 de abril, no Pavilhão da Bienal em São Paulo

  • Bar riviera, de 1949, é reinaugurado em são paulo.

    Na esquina da Consolação com a Paulista, em São Paulo, em um prédio todo modernista, o Riviera teve seus momentos áureos nas décadas de 60 e 70, sendo um dos principais pontos de encontro dos jovens e também de artistas na cidade.

  • Lora Ronco Galeria na SP-ARTE 2024

    Com grande entusiasmo, apresentamos a Lora Ronco , que fará sua estreia na 20ª edição da SP-ARTE , a maior exposição de arte da América do Sul. Nossa galeria tem o privilégio de trazer à luz o autêntico mobiliário moderno brasileiro, com peças de design assinadas e originais que refletem a rica herança criativa do nosso país. Acreditamos que o mobiliário é mais do que simplesmente funcional; é uma expressão de arte e cultura. Nossas peças são cuidadosamente selecionadas para representar o melhor do design brasileiro, com um foco especial nas décadas de 50, 60 e 70. Cada item conta uma história, carregando consigo a visão e a paixão de seus criadores. Convidamos você a explorar nosso estande no evento, localizado no espaço DS-46 . Lá, você encontrará criações de alguns dos nomes mais icônicos do design brasileiro: Sérgio Rodrigues: Reconhecido por suas peças de madeira maciça e linhas orgânicas, Rodrigues é uma lenda do design moderno. Jorge Zalszupin: Suas criações elegantes e minimalistas combinam funcionalidade com sofisticação. Jean Gillon: Com influências escandinavas, criou móveis atemporais e confortáveis. Geraldo de Barros: Fotógrafo, pintor e designer, suas peças são verdadeiras obras de arte. Percival Lafer: é conhecido por suas poltronas e sofás de couro, em uma visão já industrial, que unem estilo e conforto. Martin Eisler e Carlo Hauner: A dupla criativa por trás da icônica marca Forma produziu móveis inovadores e versáteis. Atualmente muito raros.   Convidamos todos os amantes da arte e do design a visitarem nosso espaço na SP-ARTE. Venha apreciar a beleza e a autenticidade do mobiliário moderno brasileiro. Estamos ansiosos para compartilhar essa experiência com você! Data: 03 a 07 de abril de 2024 Localização: Pavilhão da Bienal, Parque Ibirapuera, portão 3 Horários: 03 de abril: Convidados 04 e 05 de abril: Das 13h às 20h 06 e 07 de abril: Das 11h às 19h   Ingressos: https://bilheteria.sp-arte.com/ Breve contexto histórico Na época do mobiliário moderno brasileiro, que abrange principalmente as décadas de 1950, 60 e 70, houve uma estreita relação entre o design de móveis, a arte moderna e a arquitetura. Vamos explorar essa conexão:   Arquitetura Moderna e o Espaço Habitacional: A arquitetura moderna estava em ascensão no Brasil durante esse período. Arquitetos como Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Rino Levi e Lucio Costa estavam projetando edifícios icônicos que refletiam os princípios do movimento moderno. Esses arquitetos buscavam uma integração harmoniosa entre o espaço interior e exterior. Eles projetavam casas, prédios públicos e espaços culturais com uma abordagem funcional e minimalista. Brasilia foi uma grande alavanca para a produção do mobiliário moderno e este era uma extensão natural da visão arquitetônica. Muitas vezes, os designers de móveis colaboravam com arquitetos para criar peças que se encaixassem perfeitamente nos espaços projetados.   Design de Móveis e Arte Moderna: O mobiliário moderno brasileiro foi influenciado pelas vanguardas artísticas da época, como o Concretismo e o Neoconcretismo. Esses movimentos valorizavam a simplicidade, a geometria e a funcionalidade. Os designers de móveis buscavam criar peças que fossem verdadeiras obras de arte em si mesmas. Eles exploravam novos materiais, como a madeira compensada, o aço e o couro para produzir móveis inovadores. A arte moderna também inspirou o uso de cores ousadas e padrões abstratos nos móveis. As formas limpas e as linhas elegantes eram características comuns tanto na arte quanto no design.   Integração entre Móveis e Espaços Arquitetônicos: Os móveis modernos eram projetados com atenção à escala, proporção e funcionalidade. Eles se tornaram parte integrante dos espaços arquitetônicos. As casas modernas frequentemente apresentavam móveis embutidos, como estantes, bancadas e armários, que se fundiam perfeitamente com a estrutura do edifício. A escolha cuidadosa de móveis também influenciava a experiência do usuário dentro desses espaços. A disposição das peças, a iluminação e a circulação eram considerações importantes.   Legado Duradouro: O mobiliário moderno brasileiro deixou um legado duradouro. Muitas das peças criadas por designers como Sérgio Rodrigues, Jorge Zalszupin e Percival Lafer continuam sendo ícones do design até hoje. A relação entre mobiliário, arte e arquitetura moderna continua a inspirar designers e arquitetos contemporâneos, demonstrando como esses campos estão intrinsecamente conectados. A longevidade do mobiliário moderno é uma das características que os tornam tão apreciados, numa época em que "eram feitos para durar !" Materiais de Qualidade: Os designers de móveis modernos selecionavam materiais de alta qualidade, como madeira maciça, aço inoxidável, couro genuíno e tecidos resistentes. Esses materiais são escolhidos não apenas por sua aparência, mas também por sua resistência ao desgaste e a deterioração ao longo do tempo. Design Funcional e Simplicidade: O design moderno prioriza a funcionalidade e a simplicidade. As peças são projetadas para serem práticas e atender às necessidades do usuário. A ausência de ornamentos excessivos e detalhes desnecessários contribui para a durabilidade. Menos partes móveis significam menos desgaste ao longo dos anos. Técnicas de Fabricação Avançadas: Os fabricantes de móveis modernos utilizavam técnicas que possibilitavam encaixes precisos, colagem de alta qualidade e acabamentos resistentes. Essas técnicas garantem que as peças sejam montadas de forma sólida e resistente, evitando folgas ou desgaste prematuro. Design Intemporal: Peças icônicas criadas por designers renomados continuam a ser relevantes e desejadas décadas após sua criação. A atemporalidade significa que esses móveis não se tornam obsoletos rapidamente, o que contribui para sua durabilidade. Manutenção Adequada: A manutenção regular é essencial para a durabilidade dos móveis modernos. Isso inclui limpeza adequada, lustração e cuidados específicos para cada tipo de material. Evitar exposição excessiva à luz solar direta ou umidade prolongada ajuda a preservar a integridade das peças. Herança Cultural e Valor Artístico: Muitos móveis modernos têm uma conexão com a história e a cultura de uma época específica. Eles são apreciados como arte funcional. O valor artístico e a autenticidade dessas peças incentivam os proprietários a cuidar delas e mantê-las em boas condições. Portanto, ao visitar a Galeria Lora Ronco na SP-ARTE 2024 , você terá a oportunidade de apreciar não apenas o mobiliário, mas também a rica interação entre arte, design e arquitetura que moldou o cenário brasileiro naquela época fascinante. Junte-se a nós na SP-ARTE 2024 !

  • MOSTRA “JULIO KATINSKY DESIGNER” - GALERIA TEO

    Com o objetivo de valorizar o patrimônio cultural e o legado do design moderno brasileiro, a Galeria Teo apresenta a exposição “ Julio Katinsky Designer ”, com curadoria assinada por Ethel Leon , a partir desta quinta-feira (10.11) a 28 de janeiro de 2023. Com expografia realizada pelo arquiteto e designer gráfico Claudio Novaes , serão apresentados móveis desenhados em 1959 e 1960 para a L’Atelier, além de itens mais recentes que serão lançados pela Fahrer Design. Julio Roberto Katinsky nasceu na cidade de Salto, em São Paulo, e formou-se em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), em 1957. Em 1973, concluiu o doutorado na área, na mesma universidade. A partir dos anos 1960, trabalhou intensamente como arquiteto, diminuindo o ritmo em 1980, e voltando a produzir, a partir de 1990. Desde o início da década de 1960, trabalhou também como professor da FAU. Nos primeiros anos, foi docente auxiliar, até se tornar professor-doutor. Aposentou-se em 2002, porém continua prestando serviços à instituição, desenvolvendo pesquisas e ministrando aulas na pós-graduação. Katinsky tornou-se conhecido por projetar edifícios de escolas públicas e pelas pesquisas na área de arquitetura escolar. Para ele, o grande desafio no Brasil sempre foi projetar escolas capazes de fazer com que os alunos se sentissem tão bem quanto em casa. “ Ao lado de nomes como Lucio Costa, João Batista Vilanova Artigas, Oscar Niemeyer e Rino Levi, Katinsky pertence a uma geração de arquitetos preocupados em participar do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro e que mudou a história da arquitetura e do desenho de mobiliário no país.

  • evolução do mobiliário: 1950 a 1975 Mobiliário moderno Brasileiro, os móveis de Design Assinados

    O mobiliário é mais do que simplesmente objetos funcionais; ele é um reflexo das mudanças culturais, sociais e econômicas de uma época. No Brasil, a evolução do mobiliário ao longo dos anos é marcada por uma rica história, com períodos distintos que refletem as influências de diferentes estilos e movimentos. Um período de destaque é a metade do século XX, entre 1950 e 1975, quando o país passou por transformações significativas, refletidas não apenas na sociedade, mas também na arquitetura e no design. É deste período a maior produção do Mobiliário moderno Brasileiro, os móveis de Design Assinado Contexto histórico e arquitetônico: MASP - Lina Bo Bardi O período entre 1950 e 1975 foi marcado por mudanças sociais e políticas no Brasil. Um evento de destaque foi a inauguração de Brasília, a nova capital, em 1960. Esse evento não apenas simbolizou a modernização do país, mas também influenciou a arquitetura e o design de interiores. Le Corbusier é um arquiteto que inspirou em todo o mundo a Arquitetura Moderna. Até hoje, seus cinco princípios são levados em consideração por muitos estudiosos e praticantes do movimento. São eles: Fachadas sem divisórias e abertas a público, deixando o espaço mais democrático; Ambientes integrados que interagem entre si; Terraço-jardim; Iluminação ampla com janelas que cobrem toda ou parcialmente a fachada; Pilotis que substituem paredes estruturais, deixando o espaço mais amplo para circulação. Edifício Copan (SP) - Oscar Niemeyer FAU - USP (SP) - Vilanova Artigas Arquitetos modernistas, como Oscar Niemeyer, tiveram um impacto profundo nesse período, com suas abordagens ousadas e inovadoras, deixaram um legado duradouro, tais como: Affonso Eduardo Reidy: reconhecido por seu trabalho na construção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Reidy é considerado um dos pioneiros na introdução da arquitetura moderna no Brasil. Lúcio Costa: além de ser o urbanista responsável pelo plano piloto de Brasília, Lúcio Costa teve um impacto significativo no design de móveis. Sua abordagem arquitetônica inovadora, que valorizava linhas limpas e proporções equilibradas, encontrou reflexo em peças de mobiliário contemporâneas. João Batista Vilanova Artigas: como arquiteto, destaque para o estádio do Morumbi em São Paulo, e professor, Artigas desempenhou um papel fundamental na formação de uma nova geração de designers e arquitetos. Sua abordagem funcionalista e o uso criativo de concreto influenciaram tanto a arquitetura quanto o design de móveis, promovendo a estética moderna. Sérgio Bernardes: Além de projetar edifícios inovadores, Sérgio Bernardes também criou móveis que refletiam sua visão arquitetônica. Suas peças eram conhecidas por suas linhas limpas e materiais simples, incorporando a estética moderna ao design de interiores. Paulo Mendes da Rocha: Com um foco na experimentação de materiais e na exploração de estruturas, Mendes da Rocha deixou um impacto profundo na arquitetura brasileira. Sua influência se estendeu ao design de móveis, incentivando a busca por formas originais e soluções criativas. Rino Levi: Como um dos pioneiros do modernismo no Brasil, Rino Levi contribuiu para a transformação do design de móveis, adotando uma abordagem funcional e minimalista. Sua visão arquitetônica inspirou móveis que combinavam beleza estética com propósito prático. Edifício Prudência (SP) - Rino Levi (1949) Casa de concreto (Butantã - SP) - Paulo Mendes da Rocha A contribuição desses arquitetos transcendeu os limites da arquitetura, influenciando diretamente o design de móveis e o ambiente doméstico. Suas ideias inovadoras, enraizadas no modernismo, moldaram o modo como os brasileiros vivem e interagem com os espaços ao seu redor. O mobiliário criado nesse período não apenas refletiu uma mudança de estilo, mas também incorporou valores de funcionalidade, simplicidade e experimentação. A transição de estilo do mobiliário: Móvel colonial - ornamentos em excesso Durante os anos 1950, 60 e 70, houve uma transição significativa dos estilos de mobiliário anteriores, como os coloniais e provincianos, para um design mais moderno e funcional. O período colonial e os estilos barrocos enfatizavam a ornamentação detalhada e o uso de materiais pesados e escuros. No entanto, com a influência do modernismo, os móveis começaram a adotar linhas mais limpas, menos ornamentadas, mescla de madeiras com outros materiais industriais, dimensões menores e funcionalidade prática. Geraldo de Barros (dec. 50) - Buffet em jacarandá, ferro e fórmica Neste período, houve o surgimento de talentosos designers brasileiros que deixaram uma marca duradoura no mundo do mobiliário. Um dos nomes proeminentes é Sérgio Rodrigues , conhecido por sua abordagem inovadora e pelo uso de madeiras nativas. A poltrona "Mole" é um ícone desse período, caracterizada por suas formas orgânicas e estofamento generoso. Lina Bo Bardi , arquiteta italiana radicada no Brasil, também teve um impacto profundo. Sua poltrona Bowl, por exemplo, incorpora elementos modernos e materiais simples. Além disso, Joaquim Tenreiro , com seu foco na funcionalidade, acabamentos impecáveis e nas formas elegantes, contribuiu para a transição do design de móveis no Brasil. Além dos designers mencionados anteriormente, vários outros artistas notáveis contribuíram para a evolução do mobiliário moderno no Brasil. Suas abordagens criativas e inovações estéticas ajudaram a definir a identidade do design brasileiro. Aqui estão mais alguns nomes importantes: Oscar Niemeyer: Como um dos arquitetos mais renomados do Brasil, Niemeyer teve um papel crucial na definição do modernismo brasileiro. Sua abordagem arquitetônica influenciou indiretamente o design de móveis, incentivando formas fluidas e orgânicas. Niemeyer colaborou com outros designers, como Sérgio Rodrigues, para criar peças icônicas que refletiam sua visão arquitetônica única. Zanine Caldas - Móveis Artísticos Z Zanine Caldas: Reconhecido por sua maestria em trabalhar com madeira e suas criações arrojadas, Zanine Caldas desafiou as convenções ao combinar técnicas tradicionais de marcenaria com formas modernas e funcionais. Seus móveis exibem uma elegância simples e uma preocupação com a beleza natural da madeira. Geraldo de Barros: Um artista multidisciplinar, Barros desempenhou um papel crucial na transição do design brasileiro para abordagens mais minimalistas. Ele explorou a interseção entre a fotografia, a pintura e o design de móveis. Suas peças são conhecidas por sua simplicidade geométrica e pela aplicação criativa de materiais, como ferro, fórmica e madeira. Jorge Zalszupin: Designer de origem polonesa, Zalszupin contribuiu para a cena do design brasileiro com móveis marcados por linhas limpas e acabamentos sofisticados. Suas criações eram frequentemente associadas à funcionalidade e à ergonomia, e ele fundou a renomada fábrica de móveis L'Atelier para produzir suas peças exclusivas. Jean Gillon: , reconhecido por sua habilidade em combinar a cultura tradicional puramente brasileira com a madeira nobre em peças belíssimas que foram batizadas com nomes de regiões e da cultura brasileira, como as poltronas "jangada", "saci", "amazonas", dentre outras. Percival Lafer: Este designer criou peças que combinavam madeira e metal, com um toque de influência escandinava. Sua mesa de centro com tampo de vidro e base em X é um exemplo notável de sua abordagem inovadora. Percival Lafer - MP41 (1972) Carlo Hauner e Martin Eisler: Essa dupla de designers, de origem estrangeira, desempenhou um papel importante na introdução de influências internacionais no design brasileiro. Eles colaboraram para criar móveis sofisticados, muitas vezes com elementos de tecelagem e couro. Scapinelli : O designer Giusseppe Scapinelli é lembrado por suas criações únicas, que frequentemente exploravam formas bastante orgânicas. Sua abordagem artística influenciou o design de móveis de maneira distintiva. Mauricio Klabin: Klabin, além de seu trabalho como arquiteto, também projetou móveis e luminárias com ênfase na simplicidade e funcionalidade. Suas peças refletiam um estilo limpo e elegante, com foco na qualidade dos materiais. Mauricio Klabin - Poltrona Beijo Legado para o Design contemporâneo: O legado do mobiliário da metade do século XX no Brasil é inegavelmente presente no design contemporâneo. A abordagem mais funcional e minimalista adotada por designers como Sérgio Rodrigues e Lina Bo Bardi influenciou gerações subsequentes. A ênfase na experimentação com materiais, a valorização da simplicidade e a harmonia entre forma e função se tornaram princípios fundamentais no design de móveis contemporâneo. Mesa de jantar - Estúdio Bola Muitos dos designs emblemáticos desta época se tornaram referências definitivas para o design contemporâneo. A influência destes arquitetos e designers é indiscutivelmente imortalizada nos móveis contemporâneos no Brasil e no mundo. Suas contribuições não apenas marcaram uma transição estilística, mas também incorporaram uma mentalidade inovadora que valoriza a simplicidade, a funcionalidade e a estética atemporal. As peças icônicas criadas durante essa época continuam a inspirar designers a explorar novos materiais, formas e abordagens, mantendo viva a tradição de excelência do design brasileiro. Mesa Guanabara (déc. 60) - Jorge Zalszupin (L'Atelier) E justamente por ser esta influência definitiva, o mobiliário moderno original “antigo” das décadas de 50, 60 e 70 está cada vez mais em voga, atemporal e complementando os lares e espaços em pleno convívio com os móveis “novos”, com o diferencial de que os valores histórico, cultural e até monetário de uma peça de mobiliário original assinado e produzida na metade do século XX são infinitamente superiores aos móveis atuais. Conclusão: A evolução do mobiliário no Brasil, especialmente durante a metade do século XX, reflete não apenas uma mudança de estilos, mas uma transformação cultural e social. O período entre 1950 e 1975 foi um momento crucial na história do design de móveis no Brasil, marcado pela influência da arquitetura modernista, pela inauguração de Brasília e pelo surgimento de designers visionários. As contribuições desses designers demonstram a profundidade e a complexidade do cenário criativo da época e a transição na evolução da estética para um design mais funcional e minimalista deixaram um legado duradouro no design contemporâneo de móveis, influenciando gerações futuras e continuando a moldar a estética do Brasil e além.

  • Exposição Casa-Galeria de Berenice Arvani - 3ª edição Design e Arte Moderna

    CASALERIA 3ª edição : A Galeria Berenice Arvani tem o prazer de anunciar sua nova exposição que celebra a elegância do design dos anos 50, 60, 70 e contemporâneo. 🛋️ Nesta edição, contamos com uma parceria especial com a Galeria Lora Ronco, trazendo o mobiliário moderno brasileiro, incluindo o design icônico de Sergio Rodrigues, Jean Gillon, Jorge Jabour Mauad, Móveis Cimo, Giuseppe Scapinelli entre outros. A exposição também apresenta cerâmicas, fotografias, objetos e obras de artistas renomados, além de peças exclusivas do Liceu de Artes e Ofícios. Conjunto de sofá, poltronas e mesas design anos 60 do Liceu de Artes e Ofícios em jacarandá maciço - Galeria Lora Ronco - 📅 Abertura: 12 de dezembro, das 10h às 18h 📍 Local: Rua Oscar Freire, 540, São Paulo 📆 Período de visitação: • 13/12/2024 a 20/12/2024 • 13/01/2025 a 31/01/2025 Curadoria: Maria Ines Alvarez https://www.instagram.com/galeriaberenicearvani/reel/DDfktB0CA5Z/ Não perca esta experiência única que une história, arte e design brasileiro!

  • A arte escultural de Francisco Brennand

    Inspirada pela minha viagem à Recife no final de abril, resolvi escrever um pouco sobre este artista fantástico que é Francisco Brennand. A visita a sua oficina, num ambiente de muita paz e luz, foi uma experiência incrível e eu diria obrigatória para quem gosta de arte Brasileira. Francisco Brennand foi um artista plástico brasileiro, nascido em Recife, Pernambuco, em 1927. Sua obra é uma expressão de sua visão de mundo e de sua vida, que teve muitas dificuldades e desafios. Seus trabalhos são repletos de simbolismos e elementos que remetem à sua cultura e a sua cidade natal. Trajetória Filho de uma família abastada e tradicional de Pernambuco, Brennand cresceu em um ambiente cercado de arte e cultura. Estudou na Faculdade de Belas Artes do Recife, mas não concluiu o curso. Em 1948, viajou para a Europa e visitou museus e galerias de arte, o que o inspirou a se dedicar à escultura. Retornou ao Brasil em 1952 e começou a trabalhar em sua primeira grande obra, o Painel de Azulejos do Parque das Esculturas, que demorou 23 anos para ser concluído. Obras A obra de Brennand é bastante diversificada, abrangendo pinturas, esculturas, cerâmicas, azulejos e tapeçarias. Suas esculturas são, talvez, as mais conhecidas, e são feitas com diversos materiais, como argila, bronze, ferro, cimento e pedra. O artista também é conhecido por suas cerâmicas, que possuem formas e cores únicas, criando um universo próprio e singular. Entre suas obras mais famosas está a Torre de Cristal, uma escultura de 32 metros de altura que fica em seu Parque das Esculturas, em Recife. Outra obra marcante é a capela de São Francisco, que Brennand construiu para homenagear seu avô. A capela é revestida por mais de 2 mil azulejos pintados pelo artista, criando um ambiente único e de grande beleza. Ateliê e visitação ao público O Ateliê de Francisco Brennand fica localizado em Recife, próximo ao Parque das Esculturas, e é um lugar de grande importância para a cultura e a arte brasileiras. O espaço, que já foi a antiga fábrica da Cerâmica São João, foi transformado pelo artista em seu ateliê e também em uma galeria de arte, onde suas obras podem ser apreciadas pelo público. O Ateliê é aberto ao público. Lá, é possível conhecer as obras do artista, Além disso, o espaço oferece visitas guiadas e um acervo com mais de três mil obras do artista, que incluem cerâmicas, esculturas, pinturas e desenhos. Legado Brennand deixou um grande legado para a arte brasileira. O Ateliê de Francisco Brennand também é um espaço onde é possível adquirir peças que são produzidas pelos artesãos que hoje trabalham no local seguindo as técnicas e estilos criados por Brennand. As cerâmicas são um dos principais produtos vendidos no Ateliê. Elas são produzidas a partir de uma técnica criada pelo próprio artista, que utiliza uma mistura de argilas e outros materiais para criar peças únicas e de grande beleza. As cores e formas das cerâmicas são inspiradas na natureza e na cultura nordestina, criando uma identidade própria para cada peça. As esculturas durante a visitação são um show a parte, dá para passar um tempo contemplando a paz e o silêncio e apreciando cada canto. Elas são feitas com diversos materiais, como bronze, ferro, cimento e pedra, e são inspiradas em temas que vão desde a mitologia grega até a cultura popular brasileira. A arte escultural de Francisco Brennand possui um estilo único e inconfundível, que a torna muito valorizada artística e historicamente. Além das cerâmicas e esculturas, Brennand desenhava e pintava. Pude apreciar uma exposição linda com várias obras do acervo próprio e de colecionadores, com quadros sobre a Amazônia, desenhos que inspiraram os figurinos dos personagem do "Auto da Compadecida" de Ariano Suassuna, esculturas únicas, etc. Tudo com a característica de Brennand: traços fortes e marcantes, imagens brutalistas e fálicas, as cores vibrantes e as referências à cultura brasileira. Hoje em dia, as peças vendidas no Ateliê são os "utensílios domésticos", potes, vasos e os "Ovos". São produtos que trazem consigo um pouco da história e da identidade de um dos maiores artistas plásticos brasileiros, Francisco Brennand.

  • As madeiras brasileiras no mobiliário moderno

    Ao longo do século XX e início do século XXI, o Brasil foi conhecido por sua vasta riqueza florestal, abrigando uma variedade de espécies de madeiras nobres. Muitas dessas madeiras tornaram-se amplamente utilizadas na indústria moveleira devido às suas características únicas, beleza estética e durabilidade excepcional. No entanto, ao longo do tempo, algumas dessas espécies enfrentaram ameaças de extinção e foram objeto de proibições comerciais. Uma das madeiras nobres mais emblemáticas da indústria moveleira brasileira é o jacarandá (Dalbergia nigra). Amplamente utilizado durante as décadas de 20 a 60, o jacarandá apresenta uma cor rica, variando de marrom-escuro a preto, e é apreciado por sua textura fina e resistência. Infelizmente, devido à exploração desenfreada, o jacarandá tornou-se uma espécie ameaçada de extinção e seu corte e comércio foram proibidos desde a década de 1970. Sua raridade aumentou seu valor, tornando as peças antigas de jacarandá extremamente valiosas no mercado atual. Jacarandá (Dalbergia nigra): Características visuais: Cor rica, variando de marrom-escuro a preto, com veios distintos. Características olfativas: Aroma distinto e suave quando trabalhado. Dureza: Madeira dura. Facilidade de trabalho: Apresenta um bom acabamento, mas pode ser difícil de trabalhar devido à sua dureza. A caviúna (Machaerium scleroxylon) é uma madeira nobre altamente valorizada na indústria moveleira. Reconhecida por sua cor avermelhada a castanha, a caviúna apresenta um brilho natural e uma textura fina, o que a torna uma escolha popular para móveis de qualidade. Durante décadas, a caviúna foi amplamente utilizada na fabricação de móveis de alto padrão, especialmente na década de 1950. No entanto, a exploração descontrolada resultou em sua diminuição e atualmente é protegida por regulamentações que restringem sua extração. Devido à sua beleza e escassez, a caviúna é considerada uma madeira nobre valiosa no mercado. Caviúna (Machaerium scleroxylon): Características visuais: Cor avermelhada a castanha, com brilho natural e textura fina. Características olfativas: Aroma suave e agradável quando trabalhado. Dureza: Madeira moderadamente dura. Facilidade de trabalho: Fácil de trabalhar devido à sua textura fina e maleabilidade. O pau-marfim é uma madeira valorizada na indústria moveleira devido às suas características únicas e à sua beleza estética. Sua cor amarelo-claro a castanho-claro, juntamente com sua textura uniforme e veios sutis, confere um aspecto elegante e sofisticado aos móveis fabricados com essa madeira. Devido à sua dureza média a alta, o pau-marfim é uma escolha popular para móveis que requerem resistência e durabilidade. Essa madeira é capaz de suportar o desgaste diário, garantindo a longevidade das peças de mobiliário. Além disso, o pau-marfim é relativamente fácil de trabalhar, permitindo que os artesãos criem formas e detalhes precisos nos móveis. Pau-marfim (Balfourodendron riedelianum): Características visuais: O pau-marfim possui uma cor amarelo-claro a castanho-claro, com veios sutis e uma textura uniforme. Características olfativas: Possui um odor suave e agradável quando trabalhado. Dureza: É considerada uma madeira de dureza média a alta. Facilidade de trabalho: O pau-marfim é relativamente fácil de trabalhar, com boa resposta a técnicas de corte, lixamento e acabamento. Tanto a Perobinha do Campo quanto o Gonçalo Alves são valorizados pela sua beleza natural, durabilidade e resistência. Essas madeiras nobres brasileiras contribuem para a criação de móveis de alta qualidade, com características estéticas distintas, além de fornecerem uma opção sustentável ao serem obtidas de fontes responsáveis e certificadas. Perobinha do Campo (Aspidosperma spp.): A Perobinha do Campo é uma madeira nativa do Brasil, conhecida por sua coloração avermelhada a castanha, com veios sutis e textura média. Possui uma resistência moderada e é considerada uma madeira durável, capaz de suportar o desgaste diário. É uma madeira relativamente fácil de trabalhar, permitindo a criação de detalhes precisos e formas distintas nos móveis. A Perobinha do Campo é valorizada por sua aparência atraente e versatilidade, sendo utilizada na fabricação de móveis, como mesas, cadeiras, armários e pisos. Gonçalo Alves (Astronium spp.): O Gonçalo Alves, também conhecido como Muiracatiara, é uma madeira nobre de cor avermelhada a castanha escura, com veios contrastantes e textura média a grossa. É uma madeira extremamente dura e resistente, tornando-a ideal para móveis que requerem alta durabilidade. Apesar de sua dureza, o Gonçalo Alves pode ser trabalhado com ferramentas adequadas, embora possa apresentar desafios devido à sua densidade. O Gonçalo Alves é amplamente utilizado na indústria moveleira para a fabricação de móveis de alta qualidade, bem como em aplicações decorativas, como painéis e revestimentos. A utilização do pau-ferro (Caesalpinia ferrea) na indústria moveleira remonta às décadas de 20 e 30. O pau-ferro é apreciado por sua cor marrom avermelhada, dureza e resistência ao desgaste. Embora não tenha sido objeto de proibições ou extinção, a demanda por pau-ferro diminuiu nas últimas décadas devido à exploração excessiva e à preferência por outras espécies. Ainda assim, é considerado uma madeira nobre e valiosa no mercado moveleiro. Pau-ferro (Caesalpinia ferrea): Características visuais: Cor marrom avermelhada, com textura uniforme e veios visíveis. Características olfativas: Poucas características olfativas distintas. Dureza: Madeira dura e resistente. Facilidade de trabalho: Pode ser trabalhado com facilidade, embora sua dureza possa dificultar o corte e o acabamento. O ipê (Tabebuia spp.) é outra madeira nobre brasileira amplamente utilizada na indústria moveleira nas décadas de 50 a 80. O ipê é valorizado por sua dureza excepcional, resistência à umidade e beleza natural, exibindo tons variados de marrom, amarelo e verde. No entanto, a exploração descontrolada e a degradação do habitat natural levaram a restrições comerciais para proteger sua existência. Ipê (Tabebuia spp.): Características visuais: Tons variados de marrom, amarelo e verde, com grãos distintos. Características olfativas: Poucas características olfativas distintas. Dureza: Madeira extremamente dura. Facilidade de trabalho: Difícil de trabalhar devido à sua dureza, requerendo ferramentas afiadas e resistentes. O jatobá (Hymenaea spp.) é uma madeira nobre de tonalidade marrom avermelhada a castanha escura, com veios bem definidos e uma aparência rústica. Reconhecido por sua dureza excepcional e resistência ao desgaste, o jatobá é uma escolha popular para móveis robustos e duráveis. Durante as décadas de 1960 e 1970, o jatobá era amplamente utilizado na fabricação de móveis de qualidade. No entanto, devido à exploração excessiva, a espécie enfrentou restrições e regulamentações para sua preservação. Atualmente, o jatobá é uma madeira valiosa e procurada, com um apelo estético que combina beleza e resistência. Jatobá (Hymenaea spp.): Características visuais: Cor marrom avermelhada a castanha escura, com veios bem definidos. Características olfativas: Aroma suave e agradável. Dureza: Madeira muito dura e resistente. Facilidade de trabalho: Pode ser trabalhado, embora sua dureza possa dificultar o corte e o acabamento. O Pinho de Riga é valorizado na indústria moveleira por sua beleza natural, durabilidade e facilidade de trabalho. Sua aparência distintiva e seu caráter rústico conferem um charme especial aos móveis. O Pinho de Riga possui uma cor que varia de amarelo-avermelhado a marrom-avermelhado, com veios e nós distintos. Sua aparência é considerada elegante e rústica ao mesmo tempo, conferindo aos móveis um visual acolhedor e atraente. Pinho de Riga (Pinus sylvestris) Durabilidade e resistência: O Pinho de Riga é uma madeira de média a alta densidade, o que lhe confere boa resistência e durabilidade. Embora não seja tão duro quanto algumas outras madeiras nobres, possui boa capacidade de suportar o uso diário e a exposição a impactos moderados. Facilidade de trabalho: O Pinho de Riga é considerado uma madeira relativamente fácil de trabalhar. Possui uma textura uniforme e não apresenta dificuldades significativas durante o processo de corte, modelagem e acabamento. Essa facilidade de trabalho torna-a uma escolha popular para artesãos e fabricantes de móveis. A cabreúva (Myroxylon peruiferum) é uma madeira nobre brasileira conhecida por sua cor castanho-avermelhada, muitas vezes apresentando veios escuros e um brilho natural. A cabreúva possui uma textura uniforme e é apreciada por sua durabilidade e resistência ao desgaste. Durante as décadas de 1960 e 1970, a cabreúva era amplamente utilizada na fabricação de móveis de alta qualidade. No entanto, assim como outras madeiras nobres, a exploração desenfreada levou à sua diminuição e posterior regulação. Devido à sua raridade, a cabreúva é considerada uma madeira nobre valiosa no mercado moveleiro. Cabreúva (Myroxylon peruiferum): Características visuais: Cor castanho-avermelhada, com textura uniforme e brilho natural. Características olfativas: Aroma suave e agradável quando trabalhado. Dureza: Madeira dura. Facilidade de trabalho: Fácil de trabalhar, com boa resposta a técnicas de acabamento. A sucupira é uma madeira nobre apreciada na indústria moveleira devido à sua resistência, durabilidade e beleza. Sua aparência elegante e sua capacidade de suportar o desgaste diário a tornam uma escolha popular para móveis de alta qualidade. É utilizada na fabricação de móveis de alta qualidade, como pisos, mesas, cadeiras, armários, entre outros. Sua resistência e beleza estética contribuem para a criação de peças duráveis e visualmente atraentes. Sucupira (Bowdichia spp.) Características visuais: A Sucupira possui uma cor que varia de marrom a marrom-escuro, com veios e padrões distintivos que conferem uma aparência única e elegante aos móveis. Dureza e resistência: A Sucupira é uma madeira extremamente dura e resistente, sendo classificada como uma das madeiras mais duráveis do Brasil. Essa característica a torna ideal para móveis que requerem resistência e durabilidade. Estabilidade dimensional: A Sucupira é conhecida por sua estabilidade dimensional, ou seja, tem uma tendência mínima de encolher, expandir ou deformar em resposta a mudanças climáticas e umidade, o que a torna uma escolha confiável para móveis. Facilidade de trabalho: Embora seja uma madeira dura, a Sucupira pode ser trabalhada com ferramentas adequadas. No entanto, podem ser necessários equipamentos mais robustos devido à sua densidade. A imbuia (Ocotea porosa) é uma madeira brasileira conhecida por sua beleza e qualidade, que a tornaram uma madeira nobre ao longo do tempo. É uma madeira versátil, amplamente utilizada na fabricação de móveis de alta qualidade, como mesas, cadeiras, armários, aparadores e estantes. A imbuia tem sido uma madeira nobre ao longo do tempo, especialmente nas décadas de 40 e 50, sendo amplamente utilizada na fabricação de móveis de estilo clássico e retro. Importante destacar que a imbuia é uma madeira protegida e regulamentada no Brasil, devido à sua extração excessiva e ao risco de escassez. Portanto, é essencial buscar fornecedores responsáveis e certificados que garantam a origem legal e sustentável da madeira. A imbuia continua a ser valorizada na indústria moveleira, tanto por sua beleza estética quanto por sua qualidade duradoura. Ela é apreciada por sua aparência distintiva e é uma escolha popular para aqueles que buscam móveis de alta qualidade e requinte. Aparência estética: A imbuia possui uma aparência elegante e sofisticada, com uma combinação de cores, veios e padrões que a tornam altamente valorizada no mobiliário. Características visuais: A imbuia possui uma cor marrom escura a avermelhada, com veios e padrões distintivos, que variam de sutis a mais evidentes, conferindo-lhe uma aparência única. Durabilidade e resistência: É uma madeira durável e resistente, capaz de suportar o uso diário e o desgaste ao longo do tempo. Estabilidade dimensional: A imbuia é conhecida por sua estabilidade dimensional, o que significa que tem uma tendência mínima de encolher, expandir ou deformar em resposta a mudanças climáticas e umidade. Facilidade de trabalho: É uma madeira relativamente fácil de trabalhar, permitindo que os artesãos criem detalhes precisos e formas elegantes nos móveis. Outra madeira nobre brasileira é o mogno (Swietenia macrophylla), que ganhou popularidade na indústria moveleira durante as décadas de 60 e 70. Reconhecido por sua cor avermelhada e grãos atraentes, o mogno é altamente valorizado por sua durabilidade e facilidade de trabalhar. No entanto, a exploração descontrolada levou o mogno à beira da extinção e, consequentemente, a proibições comerciais. Atualmente, o comércio de mogno é altamente regulamentado e existem esforços de conservação em vigor para proteger as florestas remanescentes. Mogno (Swietenia macrophylla): Características visuais: Cor avermelhada, com grãos atraentes e textura fina. Características olfativas: Leve fragrância quando trabalhado. Dureza: Madeira macia a moderadamente dura. Facilidade de trabalho: Fácil de trabalhar devido à sua textura fina e maciez. O freijó (Cordia spp.) é uma madeira brasileira muito apreciada na indústria moveleira, especialmente no contexto do mobiliário moderno. Essa madeira nobre possui características únicas que a tornam uma escolha popular para a criação de móveis contemporâneos e elegantes. Aqui estão algumas informações sobre o freijó e sua utilização no mobiliário moderno brasileiro: Características visuais: O freijó possui uma coloração que varia de marrom-claro a médio, com veios sutis e grãos finos. Sua textura é geralmente uniforme, o que contribui para uma aparência sofisticada e contemporânea nos móveis. Durabilidade e resistência: O freijó é uma madeira dura e resistente, capaz de suportar o uso diário e o desgaste ao longo do tempo. Sua durabilidade torna-a uma opção viável para a fabricação de móveis que devem resistir ao uso constante. Versatilidade de design: O freijó é valorizado pela sua versatilidade no design de móveis modernos. Sua aparência neutra e elegante permite que se adapte a diferentes estilos e tendências, desde móveis minimalistas e contemporâneos até peças mais arrojadas e criativas. Textura e padrões atraentes: A madeira de freijó possui uma textura fina e uniforme, o que a torna perfeita para a criação de superfícies lisas e detalhes precisos. Além disso, seus veios sutis e grãos finos acrescentam um elemento visual interessante, conferindo um toque de elegância aos móveis. Sustentabilidade: O freijó é uma opção sustentável para a indústria moveleira, pois pode ser obtido de fontes responsáveis e certificadas, garantindo a preservação das florestas tropicais brasileiras. Nos anos 50 e início de 60, a prática de ebanização era comum na indústria moveleira, especialmente para dar um acabamento sofisticado e elegante às peças de mobiliário. A ebanização é o processo de aplicação de uma camada de tinta ou verniz preto sobre a madeira, imitando a aparência do ébano, uma madeira escura e valiosa. Nessa época, várias madeiras eram utilizadas para receber o acabamento de ebanização. Algumas das madeiras mais populares ebanizadas incluíam: Mogno (Swietenia spp.): O mogno é uma madeira nobre conhecida por sua coloração avermelhada e grãos atraentes. A ebanização do mogno realçava os detalhes do grão e proporcionava um acabamento elegante e moderno. Nogueira (Juglans spp.): A nogueira é uma madeira valorizada por sua tonalidade marrom e padrões de grãos ricos. A ebanização da nogueira criava uma aparência dramática e sofisticada, ressaltando seus padrões naturais. Imbuia (Ocotea porosa): A imbuia é uma madeira brasileira conhecida por sua cor marrom escura e veios distintos. Quando ebanizada, a imbuia oferecia um visual imponente e elegante, com um contraste atraente entre os veios e a tinta preta. Jacarandá (Dalbergia spp.): O jacarandá é uma madeira valiosa com tons de marrom a preto e grãos distintos. A ebanização do jacarandá realçava sua aparência luxuosa, oferecendo uma superfície lisa e uniforme. Essas madeiras eram selecionadas por sua aparência naturalmente atraente e pelo potencial de realce através do acabamento de ebanização. A aplicação da camada de tinta preta ou verniz conferia às peças de mobiliário um aspecto sofisticado, com um acabamento suave e brilhante. Atualmente, a prática de ebanização pode ser menos comum, uma vez que se valoriza cada vez mais a beleza e a autenticidade das madeiras naturais. No entanto, as peças de mobiliário ebanizadas das décadas de 50 e 60 ainda são apreciadas como relíquias do design de interiores dessa época, refletindo o estilo e a estética daquela era. Vale ressaltar que as restrições e regulamentações relacionadas às madeiras nobres mencionadas visam preservar as espécies, proteger o ecossistema florestal e promover a sustentabilidade. A conscientização ambiental tem desempenhado um papel fundamental na indústria moveleira atual, impulsionando a adoção de práticas sustentáveis e o uso de materiais certificados, como madeiras provenientes de reflorestamento.

  • influências combinadas deram origem ao mobiliário moderno no Brasil

    Os designers brasileiros de mobiliário moderno das décadas de 50, 60 e 70 foram influenciados por diversas correntes e tendências, tanto internacionais quanto nacionais. Entre as principais influências, podemos destacar: 1. Movimento modernista: O movimento modernista brasileiro, que teve início na década de 1920, teve grande influência na produção de mobiliário moderno. Os designers brasileiros buscaram criar peças com linhas retas e formas geométricas, evitando ornamentos e elementos decorativos excessivos. 2. Arquitetura moderna: A arquitetura moderna, que teve grande desenvolvimento no Brasil a partir da década de 1940, também teve influência na produção de mobiliário moderno. Os designers buscavam criar peças que se integrassem harmoniosamente aos espaços arquitetônicos modernos, com linhas limpas e materiais simples, adequados inclusive ao tamanho menor dos ambientes e verticalização das moradias. 3. Design escandinavo: O design escandinavo também influenciou a produção de mobiliário moderno no Brasil. Os designers brasileiros se inspiraram nas peças criadas pelos designers dinamarqueses, suecos e finlandeses, que se destacavam pela simplicidade das linhas e pela funcionalidade. 4. Arte cinética: A arte cinética, que surgiu na década de 1950, também influenciou a produção de mobiliário moderno no Brasil. Os designers buscavam criar peças com formas dinâmicas e que se transformassem visualmente de acordo com o ponto de vista do observador. 5. Cultura brasileira: A cultura brasileira também teve grande influência na produção de mobiliário moderno no país. Os designers buscavam criar peças que refletissem a identidade brasileira, utilizando materiais e formas que remetiam à cultura e à natureza do país. Essas influências se combinaram de maneira única na produção de mobiliário moderno no Brasil, que atrelado à um período de inovação industrial, ao avanço das cidades, à verticalização das moradias e à economia aquecida, resultaram no período mais criativo do País, repleto em peças icônicas e reconhecidas mundialmente.

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